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2012 - Livro Vermelho 2013

Plantago guilleminiana Decne. LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 19-09-2012

Criterio:

Avaliador: Danielli Cristina Kutschenko

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Plantago guilleminiana é uma espécie herbácea ocorrente nos estados do Sudeste e Sul do Brasil. Possui uma extensão de ocorrência de 571.872km². Desenvolve-se em ambientes campestres e de Mata Atlântica. Por possuir ampla distribuição e abundância e ocorrer em áreas protegidas, Plantago guilleminiana é uma espécie menos preocupante (LC).

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Plantago guilleminiana Decne.;

Família: Plantaginaceae

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Descrita em Prodr. 13(1): 722. 1852. Espécie similar à P. tomentosa, difere-se por apresentar tricomas delgados, não articulados (Souza; Souza, 2002). Nome popular: "Tanchagem" (Mentz et al., 1997)

Potêncial valor econômico

Espécie utilizada para fins medicinais (Silva et al.; Mentz et al., 1997).

Distribuição

Ocorre nas Serras do Sul e Sudeste do Brasil, nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Souza, 2012; Souza; Souza, 2002).

Ecologia

Caracteriza-se por ervas, perenes, terrícolas; coletada em flor e fruto ao longo de todo o ano (Souza, 2012; Souza; Souza, 2002).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes ​AMata Atlântica já perdeu mais de 93% de sua área (Myers et al., 2000) e menos de 100.000 km² de vegetação remanesce.Algumas áreas de endemismo, agora possuem menos de 5% de sua floresta original(Galindo-Leal & Câmara, 2003). Dez porcento da cobertura florestal remanescentefoi perdida entre 1989 e 2000 apenas, apesar de investimentos consideráveis emvigilância e proteção (A. Amarante, dados não publicados). Antes cobrindo áreasenormes, as florestas remanescentes foram reduzidas a vários arquipélagos defragmentos florestais muito pequenos, bastante separados entre si (Gascon etal., 2000). As matas do nordeste já estavam em grande parte devastadas (criaçãode gado e exploração de madeira mandada para a Europa) no século XVI(Coimbra-Filho & Câmara, 1996). Dean (1996) identificou as causas imediatasda perda de habitat: a sobrexplotação dos recursos florestais por populaçõeshumanas (madeira, frutos, lenha, caça) e a exploração da terra para uso humano(pastos, agricultura e silvicultura). Subsídios do governo brasileiroaceleraram a expansão da agricultura e estimularam a superprodução agrícola(açúcar, café e soja; Galindo-Leal et al., 2003; Young, 2003). A derrubada deflorestas foi especialmente severa nas últimas três décadas; 11.650km2 deflorestas foram perdidos nos últimos 15 anos (284 km² por dia; Fundação SOSMata Atlântica & INPE, 2001; Hirota, 2003). Em adição à incessante perda dehábitat, as matas remanescentes continuam a ser degradadas pela extração delenha, exploração madeireira ilegal, coleta de plantas e produtos vegetais einvasão por espécies exóticas (Galetti & Fernandez, 1998; Tabarelli et al.,2004) (Tabarelli, M. et al., 2005).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Observações: Espécie considerada Rara pela Lista vermelha da flora de Santa Catarina (Klein, 1990).

4.4.3 Management
Observações: Ocorre em Unidades de Conservação: Reserva Ecológica do Guará, no Distrito Federal, Reserva Florestal Passa Dois, Parque Estadual de Vila Velha e Parque Estadual do Guartelá, no Paraná e Parque Estadual Trilha do Rio Sapucaí, em São Paulo (CNCFlora, 2012).

Usos

Referências

- SOUZA, V.C. Plantago guilleminiana in Plantago (Plantaginaceae) in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB012916>.

- SOUZA, V.C. Plantaginaceae. In: STEHMANN, J.R.; FORZZA, R.C.; SALINO, A. ET AL. Plantas da Floresta Atlântica. p.417-418, 2009.

- SOUZA, J.P.; SOUZA, V.C. Plantago (Plantaginaceae). In: WANDERLEY, M.G.L.; SHEPHERD, G.J.; GIULIETTI, A.M.; MELHEM, T.S.; BITTRICH, V.; KAMEYAMA, C. Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. São Paulo: FAPESP/Hucitec, p.225-228, 2002.

- TABARELLI, M.; PINTO, L.P.; SILVA, J.M.C.; ET AL. Desafios e oportunidades para a conservação da biodiversidade na Mata Atlântica brasileira., Megadiversidade, p.132-138, 2005.

- SILVA, S.R.; BUITRÓN, X.; OLIVEIRA, L.H.; MARTINS, M.V.M. Plantas medicinais do Brasil: aspectos gerais sobre legislação e comércio.

- MENTZ, L.A.; LUTZEMBERGER, L.C.; SCHENKEL, E.P. Da flora medicinal do Rio Grande do Sul: notas sobre a obra de D'Ávila (1910)., Caderno de Farmácia, v.13, p.25-48, 1997.

- MIODUSKI, J.; MORO, R.S. Grupos funcionais da vegetação campestre de Alagados, Ponta Grossa, Paraná., Iheringia Série Botânica, v.66, p.241-256, 2011.

- CERVI, A.C.; VON LISINGEN, L.; HATSCHBACH, G.; RIBAS, O.S. A vegetação do Parque Estadual de Vila Velha, município de Ponta Grossa, Paraná, Brasil., Boletim do Museu Botânico Municipal, Curitiba, n.69, p.01-52, 2007.

Como citar

CNCFlora. Plantago guilleminiana in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Plantago guilleminiana>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 19/09/2012 - 18:52:01